Segunda Independente - Entrevista Banda Scalped
Olá Pessoal!
Na Segunda Independente de hoje, vamos falar de uma banda que está muito presente na cena underground das Gerais e a cada ano aumenta o campo de propagação de seu som levando um Death Metal Extremo de muita qualidade, seriedade e autenticidade.
A banda Belo Horizontina Scalped que teve início em 2012 e passou por algumas estruturações, atualmente está consolidada na formação com: Fernando Campos nos vocais, Thiago Macedo na guitarra, Bruno Mota no baixo e Marcelo Freitas na bateria. A banda que possui 1 Ep e o álbum "Synchronicity of Autophagic Hedonism" lançado em dezembro de 2017, já dividiu palco com nomes de peso do underground nacional e internacional como: Ratos de Porão, Krisiun, Torture Squad, Pestilence, Vital Remais dentre outras.
Scalped segue executando um ótimo trabalho, e lançou recentemente seu novo single "APHASIA". A banda assinou com o selo "Songs for Satan" e está em processo de gravação de seu próximo álbum que será lançado no ano que vem.
Tive a honra de encontrar com o Marcelo Freitas baterista da banda, que me concedeu uma entrevista falando sobre o cenário underground, a nova fase, os objetivos que a banda almeja e espera alcançar com o novo álbum.
1 - Quais são as influências da banda Scalped?
Marcelo: Primeiramente agradeço o espaço cedido e a oportunidade de participar do Blog Música para Viver. As principais influências da banda são o Death Metal Sueco da cena Old School de Estocolmo bandas como: Entombed, Hipocrisy, General Surgery, Grave, Vomitory, Unleashed, o Death Metal norte americano: Malevolent Creation, Deicide, Vital Remains, Cannibal Corpse, Morbid Angel, o Death Metal Melódico e também o Brutal Death Metal .
2 - Como você descreveria o som da banda Scalped para quem nunca ouviu?
Marcelo: O Scalped
toca um som bem intenso, mesclados com peso e velocidade e alguns momentos
cadenciados (não necessariamente nesta ordem). É um Death Metal energético com
influências de bandas Old School mas também com muitas passagens pelo Brutal
Death Metal. Um site estrangeiro da Europa resenhou nosso disco "Synchronicity of Autophagic Hedonism" descrevendo
nosso som como um "Death Metal de puro Classicismo", palavras deles. Mas em nosso
recém lançado single "Aphasia" temos uma pitada de Death Metal Melódico, mas
somos apaixonados por Death Metal Old School, Death Metal Melódico e Brutal
Death Metal e iremos sempre beber destas fontes.
3 - A banda Scalped toca em vários lugares do Brasil em festivais underground, qual foi o lugar em que vocês mais ficaram admirados com a cena?
Marcelo: Tocamos
em toda região sudeste SP, RJ, ES, MG e ficamos admirados com a cena no
Espírito Santo, todas as outras regiões foram boas, mas no Espírito Santo
sentimos como nossa Segunda Casa, já tocamos lá 2 vezes e em breve
retornaremos. Para uma banda nova e com pouco tempo de formação como a banda Scalped
isso é muito interessante. São Paulo também é muito especial, tocamos lá,
fizemos ótimos amigos que mantemos contato e agora em dezembro para encerrar
2018 com chave de ouro retornaremos para 2 shows. Rio de Janeiro também foi bom
porém nossa passagem foi rápida e em 2019 pretendemos voltar. Minas é o lugar
que mais tocamos e mais conhecemos, é muito bom, mas existe uma competição
entre bandas e isso é um ponto negativo, pois o Scalped não está nessa para
competir. Fazemos nossa música para nos agradar primeiramente, e depois
pensamos em agradar aos outros e temos feito isso, acaba sendo um bônus com
nosso trabalho.
4 - Como foi tocar no "Bloco dos Camisa Preta" em Belo Horizonte para o imenso público que estava no festival?
Marcelo: Havia
mais de 10.000 pessoas e foi nosso maior público até agora. Estávamos
embalados, havíamos feito uma sequência de shows, na semana anterior abrimos o
show para o Pestilence da Holanda, juntamente com o Carnation da Bélgica na
"Autêntica" aqui em Belo Horizonte. No Bloco tocamos completamente emocionados,
demos tudo de nós e mais um pouco, e lá aconteceu algo inédito com a banda, após
a sequência de 3 músicas sem pausa havia um coro gritando o nome da banda:
Scalped, Scalped, Scalped... e foi surreal! foi lindo! inexplicável o que senti
naquele momento, arrepio até hoje de lembrar, e no final de nossa apresentação
o público nos reverenciou gritando novamente. Acredito que o público sentiu que
estávamos emocionados e principalmente a energia que emanávamos naquele momento
através da execução do som com extrema fúria do Death Metal Mineiro.
5 - Atualmente, onde a banda Scalped tem mais desejo em fazer seu show?
Marcelo: Em todos lugares do
Brasil na verdade rsrsrs, temos o objetivo de fazer uma turnê no território
nacional mas vou lhe contar porquê isso não foi possível ainda. Nesse cenário
de turnês existem Agências de Booking que funcionam assim: Eles cobram da banda
de R$200 a R$300 reais por data agendada, por exemplo: 10 shows à R$300,00 =
R$3.000,00 mas estas agências não garantem cachê para a banda em todas as
datas, nem ajuda de custo com transporte, hospedagem ou alimentação, mas o
dinheiro pago à Agência de Booking é garantido. Isso complica um pouco, sei que
não são todas as empresas que atuam dessa forma, mas a maioria atua assim. Recebo vários
orçamentos via email de agências conhecidas no Brasil, pesquisei bastante e
descobri que esse serviço de booking só é cobrado no Metal, os outros estilos
musicais não atuam dessa forma, e nós da banda Scalped não concordamos e nem
temos interesse com essa forma de atuação.
6 - Hoje a banda está em todas as plataformas digitais, redes sociais, managers, sendo divulgada da forma merecida, como tem sido a experiência de se integrar a agência Rock Metal Press?
Marcelo: Após algumas decepções com outras agências de Booking, descobri a Rock Metal Press uma agência de São Paulo que é extremamente séria, profissional e nos oferece um suporte completo. Basta observar as redes sociais do Scalped e ver como são ativos. Nosso assessor Karlo atende diretamente à todos que entram em contato com a banda tanto pelo email quanto pela página oficial da banda, um profissional que virou um grande amigo de extrema confiança por todos da banda. Nossa responsabilidade agora é somente tocar, o que está nos ajudando bastante, pois tínhamos que conciliar nossas vidas pessoais, empregos e ainda resolver questões da banda, hoje temos que nos concentrar apenas em tocar, o que é ótimo!
7 - Como foi a recepção do álbum anterior "Synchronicity of Autophagic Hedonism" e como vocês decidiram que já era o momento de gravar um novo álbum?
Marcelo: A recepção do álbum foi e está sendo incrível. Muitas resenhas positivas e até agora não recebeu nenhuma crítica negativa do público nem da imprensa especializada. O álbum foi lançado em 25/12/2017 e nos rendeu excelentes shows nesse ano de 2018 além do contrato de exclusividade com o selo Songs for Satan, um selo extremamente sério e profissional em ascensão, o que é muito importante pois enquanto vários selos encerram as atividades a Songs for Satan cresce ainda mais - Um grande diferencial.
O álbum foi lançado em parceria com 9 selos importantes e conhecidos no Cenário Nacional Underground, dentre eles a Songs for Satan. Flávio Oliveira dono da Songs for Satan, vocalista, guitarrista e líder da banda Necrobiotic gostou muito do resultado final do álbum da Scalped e nos ofereceu um contrato de exclusividade para lançar o próximo álbum da banda sozinho. Além do contrato o selo ofereceu total suporte à banda como Assessoria de Imprensa e a possibilidade de uma turnê Européia do álbum.
A decisão de gravar um novo álbum partiu daí, já tínhamos várias músicas novas e arranjos soltos que não tinham virado música ainda e a Songs for Satan nos deu esse "empurrão", tanto que já estamos em estúdio terminando as músicas do próximo álbum e já gravamos e lançamos o single do próximo disco a música "Aphasia".
8 - Como está sendo o processo de criação e gravação do novo álbum da banda Scalped?
Marcelo: Devido
a já termos 6 novas músicas (que já estamos tocando em alguns shows desde o
começo do ano) o processo de criação está sendo feito de forma natural e
espontânea. Todas as músicas novas foram criadas pelo guitarrista Thiago
Macedo, diferente do álbum anterior que tem algumas músicas minha e outras
dele, mas eu tenho alguns arranjos novos para o próximo álbum então é provável
que o disco terá composições de nós dois. Sobre a gravação, os dois primeiros
trabalhos o EP Psychopath e o "Synchronicity
of Autophagic Hedonism" foram gravados em 2 estúdios: Roffer Estúdio e
Óxido Estúdio. Já o single "Aphasia" foi gravado apenas no Estúdio Roffer, foi
feita a captação dos instrumentos e da voz do Fernando, masterizado e mixado lá
mesmo pelo Marcelo. Mas como ainda estamos em processo de finalização das
composições, pode ser que as coisas mudem, não temos nada definido quanto a
isso.
9 - Como mencionei particularmente a você sobre o novo single "Aphasia", eu adorei a reviravolta na música que resultou num solo de death metal melódico, como você avalia a evolução da sonoridade da banda desde o EP?
Marcelo: No
EP, éramos uma banda mais crua e menos técnica, o que é normal em uma banda que
está começando. Soávamos mais pesados e mais crus. No full álbum foi uma
evolução natural do EP, continuamos soando pesado mas menos cru, mais técnicos
basta analisar as faixas: 1 Fulminant
Idiosyncrasy, 3 Natural Disgrace,
7 Chemical Empire e a faixa 11
instrumental Blood Pain and Feelling
são músicas de extrema técnica. E temos também faixa como: 2 Final Round que é um Death Metal Old
School mais cru e a faixa 4 Over
Population que é mais rápida e cruel com uma pegada mais europeia na linha
da banda Vader da Polônia (nos inspiramos muito neles) e é uma das minhas bandas
preferidas. Atualmente as novas composições estão na linha mais europeia com
pitadas de Death Metal Melódico mas também com muito Brutal Death Metal.
Estamos soando menos como no início onde era a pegada norte americana e sueca,
não pretendemos abandonar essa pegada mas é algo natural neste momento para a
banda, vem de dentro de cada um de nós e resulta em nossas composições do momento.
As músicas que estão prontas estão mais trabalhadas e mais extensas, músicas
com 6, 5 minutos e não com 3 minutos como antes. Estamos muito satisfeitos com
o que compomos para o disco novo.
10 - O que, nós fãs podemos esperar do novo álbum?
Marcelo: Roberta, vc já declarou ser fã do nosso trabalho então passo essa pergunta pra você. O que você espera?
Roberta: Hahaha! Que honra participar dessa pergunta. Bom, particularmente Marcelo conhecendo o trabalho de vocês como conheço, acompanhar alguns shows como acompanhei, ouvindo o Ep, o álbum "Synchronicity of Autophagic Hedonism" e o novo single "Aphasia" eu espero que vocês continuem sendo vocês mesmos cara! Continuem com a mesma autenticidade dando espaço para a evolução musical e continuem acreditando no trabalho de vocês, parabenizo toda a banda e desejo muito sucesso ao SCALPED, que o espaço de vocês esteja cada vez mais garantido e que vocês possam colher cada vez mais frutos desse trabalho caprichado e de arregar o pescoço hahaha! Muito obrigado pela entrevista querido.
Valeu Marcelo, Sucesso pra banda SCALPED sempre!! Forte Abraço
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Esta é a entrevista com a banda Scalped, abaixo o novo single "APHASIA" para você já sentir o que vem no álbum novo e nossa foto na entrevista.
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